sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Pequeno (e)feito notável



Este curta “O homem cego de si” tem uma estorinha medíocre de tentativa de boicote. Era pra ser feito pra uma matéria de meu curso de jornalismo, a nota final dum documentário cinematográfico, no caso fictício, com tendência experimental-poética-vanguardista(sim, pensei utopicamente que estivessem preparados e interessados em uma abordagem não-convencional de curtas-doc....) pois bem, acontece q “uma” professora estúpida-limitadíssima, ultra conservadora, xiita preconceituosa de plantão e outros adjetivos que prefiro não citar, simplesmente proibiu seu desenvolvimento dentro das dependências da “arena porca e pobre” de “seu” laboratório de TV. “Proibiu” não seria o termo certo, apenas fez meu grupo(bando de garotas fracas, há de se lembrar) desistir alegando que a nota seria seriamente prejudicada, persuadiu maquiavelicamente e ainda inventou lorotas típicas de colegiais quanto a integridade moral do ator. Motivo: não aceitava que o protagonista, o ator independente, artista maldito e jornalista de longa data Hesso Maciel participasse do curta pois segundo ela traria muitos problemas (não explicado de forma racional, dissimulando através duma “linha editorial obscura” que não aceitava um sujeito com um histórico problemático na vida social desta limitada cidade sem limites. Real motivo, pasmem: Maciel é gay assumido e quando ela soube que o mesmo seria o único ator, perguntou, me deixando abismada: “Mas ele é gay, não é? Outra pérola-jaca: “ Já usou drogas, é um drogado!” Vai ficar enrolando baseado no filme?” Karaleo, existe gente deste nível “ensinando” ainda e não há diálogo! Detalhe: Maciel beira os 70 anos e, sim, é meio louco, mas de natureza, como todos nós, bem, as vezes, um pouco mais. Enfim, o cara já participou de inúmeras peças teatrais com figurões como Eva Wilma, e participou de alguns longas do mestre não menos maldito Zé do Caixão (inclusive do classicão "O estranho mundo de Zé do Caixão"). Não preciso explicar mais nada, o fato me injuriou de tal forma que quase surtei, fiquei indignadíssima. E o pior é que alunos-ovelhas-moscas-bostas tentavam me desestimular dizendo que não adiantava mais, aceite o “jogo da velha”( porra, não jogo com ninguém, principalmente minhas idéias-roteiros). Mas então consegui finalizar, graças a força de outro professor, o open mind “Tim Maia”, de outra matéria sem ligação com meu curso, e lógico, graças a edição surreal de Ar Karriel. Isso mostra que a força do faça-você-mesmo não tem como ser boicotada, só estimulada! Miaaaaaaaaaaaaaauuuurgh!!!

Obs: faço parte do grupo bonequinho http://www.bonequinhologia.blogspot.com/ para o qual este curta se encaixou perfeitamente, sendo o primeiro de muitos da banda. O underground agradece, não?

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