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| pós-trip-me-good? |
Ontem eu a
vi
Toda anulada
Seus lindos
olhos inchados cor-de-mel deslocados
Nos abraçamos
tímidas e ocas
Seu corpo
longuíquo
Ilhada,
ingeriu tempestades
Exalava um torpor
derrotado
Mas havia
medalhas no cantinho de seus lábios avermelhados
Esboçava um sorriso meio torto e tenso, na verdade, quase imperceptível, como um tique
charmoso
Eu estava
devorando cada erro de sua fisionomia, confesso
Era irrefreável,
instintivo e urgente
Gostaria de
salvá-la, embora fosse o meu abismo
O que
poderia fazer? Sugestões e tolas opiniões?
Era melhor
assisti-la passiva, incrédula
Aquela presença
neutra contrastava com a soma dos lamentos
Oh mulher se
aprume, rume
Eu rujo e
fujo, sei
Talvez a
sensatez me vista dessa vez
Ou visite,
ao menos
Essa despedida
de lágrimas ruidosas e nervosas desfoca, sufoca
Transbordamento
ou espancamento?
Não bebo
mais de seus trópicos
Vaidade,
dependência
Fraude e
falência
Um urro a
anulação
Eu atualizo
meus nãos
Então ela
vira as costas
Sem jamais partir.