Bem, estava começando a ler a grande história sobre o "Gênesis" - interpretada e desenhada por Robert Crumb no busão. E no meio da história, outra se desenrolava, ou melhor, acaba ao fundo: o definhar de um casal. Ela: passional, miúda, atormentada. Chorava, minguava, gritava, acalmava e batia nele. Ele? Pequeno, miserável, encolhido, ranzinza, saturado, obstinado. Era o fim. Mas não, ela não cedia, não compreendia. O ônibus vazio. Ecos de desamor a cada freada. Ai. Nessa hora, eu não conseguia compreender mais a história de Adão e Eva - e o absurdo sobre ela. Estava "fantástica" demais para o teatro real que presenciava. Lembrei de algumas coisas que já vivenciei, causei e me causaram. E, então, depressa, voltei a leitura: "E os dois estavam nus, homem e mulher, e não tinham vergonha disso". Moral da história - ou se preferir, do "bonde do rolê": acho que sou pelada.
Ah, e o casal saiu aos berros, ele envergonhado, ela derrotada. Grande árvore do conhecimento.
Amandla R. - em um dia comum, fatos corriqueiros, e, não, não guardo mais nenhum isqueiro.
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