segunda-feira, 23 de agosto de 2010
bnqnh: EX-GAIJIN em decomposição (08.2010)
Show da banda bonequinho retroprojetado em parceria maluca por Lu Capossi, filmado por Herbert Bruggner Neto e espiado por poucos (in)felizes. Hahehihohu!
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Mulheres de grão
A mulher cabeça de cavalo estava tão pequena e branca que contrastava com sua risada colorida e alta, eu não imaginava uma espécie dessa em minha teia de relacionamento. Mas eu adoraria me comunicar relinchando. Afinal, relinchava há tempos comigo mesma. Enfim, ela quis comer um pouco de arroz e soja que estavam sendo preparados para o jantar, e eu bem que tentei avisá-la que não tinha tempero o suficiente... então ela preferiu beber cuba quente com limão. E urrou de prazer, ou de horror, sei lá, eu não soube distinguir aquela resposta azeda. Até que pingou no nariz uma gotinha da bebida e saiu galopando pelo corredorzinho úmido. Ufa, me safei dum coice, pensei, não que ela não fosse um serzinho amigável. Mas tem o lance da pedigree da pessoa/animal, não duvidei. Então veio a outra numa gritaria surda, ela era muito mas muuuuito alta. De olhar penetrante e lascivo. Começou a dançar em frente a uma parede transparente, e eu pensando que ela estava se coçando porque era muito hilária a forma retorcida e improvisada daquele ser naquele tamanho de corpo. Não sei como ela cabia dentro dela mesma. Às vezes parecia estar toda em um só membro: nas mãos. E a sombra de suas mãos na parede agora branca delineava o seu universo lúdico de ser sombra. Muito interessante esta mulher, pensei. Pena que sou baixa demais pra tudo aquilo. E era pouco aquilo tudo. Enfim veio a terceira, de óculos ou band-aid, não sei muito bem, não consegui enxergar pois ela parecia escorregar pra dentro sempre que a encarava. Era uma mulher lisa, seus cabelos também eram lisos como água. Ela foi um dia crespa, ah, eu sei. Toda crespa e parecia ser tão lisa hoje, não digo o cabelo, mas a essência dela lisinha, quase limpinha, éca. Um tanto formal até, formal demais, irritante. Você sabia que ela podia ser só aquilo e estava satisfeita com isso. Acho que ela tragou um ramo de flor próxima a janela e inchou um pouquinho, consegui enxergar um pouco além do seu band-aid, mas ela parecia me xingar sem dó. Fiquei na minha e escorreguei pra fora. Estranha demais pra hoje. Logo mais veio uma dona de chalê preto ou roxo, cheia de morangos. Sério, ela falava e cuspia morango ao mesmo tempo. Não entendia a fala mas devia ser algo como “me passe o tule branco”, mas eu só tinha uma bolinha de lã amarela. Lembro quando era pequena e me entupiam de morango, era uma cena típica da família: todos paravam pra me ver devorar morangos, até saia lágrima de meus olhos, mas todos estavam se divertindo tanto comigo que eu não conseguia evitar. Os morangos me desafiavam, nos engula, nos destrua! Nem preciso falar, fiquei com o estômago dilatado desde então. Hoje odeio morango. Deve ser por isso, o enjôo por ela foi imediato. Cuspi fora ela logo em seguida e um pedaço de seu olho de morango ficou pendurado como troféu esquecido. Ufa, uma a menos. Mas quem eu procurava, eu procurava? Cavei bem fundo no sofá velho da sala ao contrário e silhuetas humanas similares a chaveiros saiam aos montes... Então apareceu a Ue + ecov, uma estranguladora de frango, ela cheirava a curral, e tinha merda colada em sua bota. O cheiro ainda era fresco e lento de se dissipar no ar. Ela fedia e era tão natural e limpo o cheiro todo. Sei lá, ela começou com um papo de que sentia fome e então devia matar porque não sabia fazer de outra forma, tentei conversar porém vi que já havia perdido aquela conversa antes de começar. Não compensava o verbo mas era intrigante. Ela parecia indefinida mesmo com toda aparência caipira de passado. Neste momento fogos de artifício me enlouqueceram, comecei a miar sem fim, não conseguia disfarçar o medo do fogueteiro besta, só podia ser por futebol ou drogas aquela barulheira toda. Sem forças, me enterrei dentro do sofá e pus pra fora de uma vez por todas aquelas mulheres peludas de pelúcia. Ahh sim, e tinha uma outra caída no banheiro ... mas não conseguia pronunciar uma só palavra. Acho que bebeu demais todos os morangos, cavalos, band-aid e sombras que eu ia tirando do sofá.
**foto por Karol Zone
*textin nada a ver mas tudo inside em homenagem a despedida da little horse grrl Karol Zen. Amo!
quarta-feira, 16 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Condição à catapulta
Leio as horas a exaustão
O cheiro enferrujado daquela música compromete meus batimentos cardíacos
Eu que controlava não ansiar
Ofego em hinos mentais
As lágrimas são intervalos secos na pele dos macacos
E o pensamento épico diz que a dor é o amor próprio
Ontem, ao beijar dualidade substimei realidade
Perco e ignoro meu combate.
domingo, 25 de abril de 2010
O pônei, a fada e eu
Todas as minhas palavras foram caladas, como uma canção bela & esquecida
Há tanto tempo eu quero compreender melhor tudo aquilo que admiro
E isso sempre me escapa,
E eu não sei em qual tentativa me encontro agora
Penso que prefiro não conhecer o mistério
Apenas admirá-lo para justamente continuar admirando-o
E o imperialismo sentimental vinga, vinga, vinga, vinga-se
Eu ouço a marcha, não consigo escapar da marcha
A marcha entre o pós e o pré, nunca agora.
...Dedicado à Maria Amélia, saudades, em algum lugar de 2002.
Foto por Amandla R., modelo Karol Zin.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Normal é tudo que existe. (?)
Cena 1: A garota passa mal. Abusada, abusou. O companheiro da jornada está além. Bem? Somente aquém. Seus olhos negros foscos loucos. Some.
Cena 2: A garota liga pra seu garoto. Ele absorto. Põe roupa, vai até ela.
Eternos quarteirões. Nada pode fazer. Apenas estar. As mãos se encontram. Pacto-tato.
Cena 3: Água, tragam água. Baba. Fixa o olhar no poste. A placa PARE grita. Ela está sentada na sarjeta. Dejavu. Nenhum movimento, luta com sua mente. Manteve-se, quase. Não, não olhe.
Cena 4: Perdeu-se. Mergulha fundo. De novo. Tenta lembrar alguma reza, tem pressa. Tudo gira, ofusca, dói. Vórtice negro e branco, palpitação, aceleração, contaminação. Fixa o olhar num matinho insistente entre o seco e o verde. Náusea, água, gelo, frio.
Cena 5: Pressão, pressão, pressão. Sal, tragam sal. Água, água. A garota está comprimida. Diminuída. Mínima. Um motoqueiro passa e oferece comprimido. Não, estúpido, NÃO! Vruuummm, boooom, zoooom...ahhhhhhhhrgh....ahhh...meu deus, será que ....ahhhh....não....ainda não...mas um pouco, concentre-se...lembre-se...quem você é...eu...ela...ele...nós...mãos firmes...segure...segura?
Cena 6: Ela aperta seu garoto passivo-compassivo. Ele está irreconhecível a ela. Ambos estão. Mas são. Estão. Quanto tempo se passou? Mãos. Tato-pacto reconhecível. Ele a leva embora.
Cena 7: Está acontecendo agora.
...vidinha ridícula ao som do obrigatório Chelsea Girl, da eterna Nico, obrigada.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
Quero & Quebro
A urgência do prazer guiava a criatura. A inconsciência, sempre constante, cortava a realidade. Seus gestos, sussurros e lamentos nunca ignoravam o deleite doloroso. O round havia começado há anos e a fidelidade narcisista destruía qualquer tentativa de fim.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Psycho Flowers
Eu me ajudei com angústia
para te distorcer e mais
E toda minha antipatia
me beijou com álcool
Eles me deram seus tesouros
confundindo prazer
Flores...psicóticas...
Flores psicóticas sugam meu poder
e me deixam seca para a vida
Eu tenho os nervos destruídos
que trouxe em minha bagagem
Flores psicóticas são perigosas
Elas não escolhem a idade
Oh nao, eu sei
Oh não, eu sei
Eu me ajudei com distração
até não te enxergar mais
E toda a distância fixada
Manteve minha mente hostil
Isto é biológico?
Isto é sociológico?
Flores...psicóticas...
Flores psicóticas sugam meu poder
e me deixam seca para a vida
Eu tenho os nervos destruídos
que trouxe em minha bagagem
Flores psicóticas são perigosas
Elas não escolhem a idade
Oh nao, eu sei
Oh não, eu sei
sábado, 20 de março de 2010
Personal collisions
Eu atravesso o quarto esfumaçado e a porta está sempre trancada. Ao tentar abrir a porta a maçaneta escorrega de minhas mãos caindo ao chão. Eu não consigo sair deste ambiente enfeitiçado. Eu quero sair? Eu preciso sair? Começo a lembrar do velho e doentio costume de ser eu mesmo, tão longe do frágil, perdido em toques, teclas e putaria. Eu aperto o botão e jorro na tela empoeirada. Meu prazer caduco, meu animal faminto, minha mulher vencida. A irmandade dum homem só, nula. Anula. Limpo meu suor diário e escrevo num box a repetição da arte. Eu imito a arte e esqueço a vida. Os sons saem da minha garganta e não tenho nada a dizer. E falo sem parar, canso meu diafragma, abro a boca, sugo o ar e a espiral de minhas palavras atravessa os ouvidos dos cansados de mim. E tento falar, e falo para tentar dizer que estou mudo. Eu surdo você. Minha pele lisa sempre escapa. Fujo, corro pra longe mas estou próximo, próximo demais. E me machuco, cutuco as feridas e deixo sangrar pois estou próximo demais e, fácil de escapar, conheço atalhos, riachos de mim escorrem ralo afora. O cheiro do ralo invade minhas têmporas, poros e crucifixa minha fé triste e pobre. Sou um homem pobre irradiando ouro fraco. Os tolos compram. Teimo no fim antes do começo. Saboreio as imagens do fim. O gosto do combustível queima em meu estômago. Diluído, absorto, vazio. Esqueço a hora de levantar, esqueço a hora de dormir, tenho azia do descanso e me escoro em sofás gastos. Minha chave gira em falso e tenho muitas coisas guardadas não sei onde. Uma estranha girafa de pelúcia em minha garagem tem a cabeça estourada e me lembra que sou feito de isopor. Há bolor, traças e goteiras por toda parte de mim. Sou um jardim de éter, seco, semimorto, murcho. Rego-me até apodrecer. Contemplo cego o meu relógio.
sexta-feira, 19 de março de 2010
segunda-feira, 15 de março de 2010
sexta-feira, 12 de março de 2010
R.I.P. Glauco!
Traço-homenagem de Caio Schiavo
Morre Glauco, 53, grande cartunista-cronista deste triste trópico. Irreverente, anárquico, afiado e muito talentoso, ele e seu filho Raoni de 25 anos foram assassinados a tiros hoje por um louco. Que merda insana. Muito triste isso! O cara retratava como poucos a realidade desvairada da política, sociedade e cultura brasileira e fez parte da vida de gerações, inclusive da minha. O Brasil fica mais burro e nós, Donas Martas e Geraldões, órfãos. Sem mais palavras. Não dá. Descanse em paz!
quarta-feira, 10 de março de 2010
Minha irmã é uma ilha
Eu sempre digo para ela ter cuidado antes de ir embora
e não confio nela o suficiente pra acreditar que tudo ficará bem
ou melhor, eu não a conheço
mas ela sempre volta
queimada ou cheia de feridas, ela volta
começo a acreditar que ela sabe o que quer
mesmo apunhalada ou apaixonada diversas vezes pela mesma pessoa
mas é a mesma pessoa
e ela ainda é a mesma em meio a tantos retalhos
e eu a confundo toda vez em que a imagino
então a encontro fria e minha dentro de mim
ela é uma ilha, uma ilha, uma ilha
e moro com ela desconhecendo todo o nosso resto.
terça-feira, 2 de março de 2010
Facas sem corte
Esta socialização estúpida de cada dia esbarrando drinque, fogo e covardia
O altar do não significado
A foda de êxtase estéril
As idades não correspondidas
O jogo imaturo das horas
As criaturas recém-nascidas
Contaminação, repetição, dominação, inversão
Somos facas sem corte em golpes finais
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
sábado, 23 de janeiro de 2010
Sangue pacifista
Quando procuro um momento quieto
E não quero pensar em nada realmente doentio
Há uma voz pessoal me dizendo somente descanse em paz, filho
Bem eu conheço isso e o problema é o sangue pacifista
Destruindo conexões com a terra seca
Eu estive apaixonada por algo chamado delírio
Eu estive em amor por algo que eu nunca quis.
Obs: esta letra/música foi feita em circunstâncias amaldiçoadas de minha pequena vida. Logo após torcer um nervo do pé, em uma performance para o Zé do Caixão(!!!) em 2007 fiquei umas semanas sem poder relar o pé no chão, com bota e muleta, me fodi completamente e mentalmente( isto devido a outros fatos cavados...). Até tinham filmado e fotografado o momento mas perdi e, aliás, a fatídica performance me rendeu uma HQ autografada do mestre do horror brazuca, que era o prêmio máximo de quem se, digamos, entregasse na perfô. Pelo menos ganhei alguma coisa, mas a seqüela no pé continua firme até hoje. Ainda posto a música aqui, e ela não é berrada, ao contrário.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Cachorrada boa
Blank Dogs é uma banda indieressante(puta corruptela horrível) e seminova (2007), de sonoridade pós punk com pitadas eletro oitentista e gravação meio caseirinha, lembrando uns sons do My Dad is dead. Do Brooklyn, lar de muita coisa boa, como as Vivian Girls, trio feminino punk bubblegum lo fi que também participa do segundo álbum dos caras, Under and Under, lançado em 2009. O clipe de *Setting fire to your house* é bem massa, tem até um quê expressionista, ecoando comicamente ao *atmosférico* Joy Division. Descobri que a banda é a alcunha dum cara só, Mike Sniper, mas a minha alergia/ignorância à novidade não me permitiu conhecer os outros trampos dele... quem sabe agora...aaaaatchin!
Ps: algumas teclas do meu teclado não estão funfando...inclusive a do tracinho e aspas!
Ps: algumas teclas do meu teclado não estão funfando...inclusive a do tracinho e aspas!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Fatos memoráveis e nem tanto – retrospecto amnesiado de 2009
Janeiro
Salvador/Bahia e beldades negras, capoeira, sujeira, poesia, azia.
Praias paradisíacas, roubos, sombra e muito sol, uma trupe retardada, um O.b. e um hospital. Nem acredito em tudo o que passei até hoje. Insanindade & felicidade.
Fevereiro, março, abril
Recuperando da nostalgia itinerante depressiva corrosiva de anos a fio. Não me lembro de muita coisa, fora o gás novo na banda, agora com 3 indivíduos conectados e empenhados. Participamos duma coleta gringa virtual feita por iniciativa do senhor TBM, veja só. Viva o bonequinho, pô! Ah, em abril voltamos com nova formação na Kaspar Horse (ou Kaspar Hauser), banda guitar-punk-garageira, e finalmente achamos uma guitarrista!
Tragedy, oh tragedy: ao tentar podar uma árvore fui parar na clínica de olhos do hospital pois queimei a retina com um leite viscoso e demasiadamente ardido, o que me fez gritar e espernear por minutos longos até o resgate chamado Giovana me pegar e levar ao médico. Ganhei um tampão nos olhos por 2 dias e não fiquei com seqüela, graças.
Maio
Show fodástico bnqnh x Ordinária Hit no dia do Trabalho. Essa banda de Sampa faz um show imensurável, lembrando Minutemen em viagens noise a la Thurston Moore regurgitando Fugazi. Do karaleo! Valeu Rodrigo, Ba e demais ordinários pela interação barulhenta!
Junho-julho
Primeiro curta-metragem da minha vida e da banda bnqnh, “O homem cego de si” feito em parceria com meu parceiro maluco, aka Ar Carriel. Muita treta pra conseguir concretizá-lo, mas enfim, tudo deu certo, o underground quase sempre está certo. Também saiu um tributo internacional ao John Zewizz, mentor da banda Sleep Chamber e outros projetos desde 1978 e bonequinho participa com a faixa “No one's heart beats harder (live)”, gravada ao vivo e parcialmente em português ("Nenhum coração bate mais forte"). O projeto foi idealizado pelo blog Because god told me to do it / Kill Your Godz. Sexualidade extrema/drogas rituais/magia experimental aplicada. E direitos animais. São 2 CDs com 27 artistas de vários países e podem ser baixados gratuitamente em mp3 ou encomendados em CD pela Foamin’ Sodomy Records (EUA). O retorno dos CDs será destinado a fundos de preservação dos ursos polares, escolha do próprio John Zewizz. Curiosamente é o primeiro "cover" gravado pela bonequinho, somente para o tributo.
DOWNLOAD GRÁTIS here.
Perdi a senha do myspace da Kaspar Horse. E nem atualizei mais nada.
Agosto – mês do cachorro louco?
Humm, não consegui começar o segundo curta, porém a idéia ficou guardada e firme.
Doses de fotojornalismo e de preguiça.
Setembro-Outubro
Maratona de ensaios bonequistas, um show memorável no CCJ(Centro Cultural da Juventude) de São Paulo, encontros saudosos e saudáveis com velhos & novos amigos.
No CCJ tocamos com Rattu Morto, Buzzcops, Rick Agnew- a lenda, Mukeka di Rato, e um show impecável dos caras do Discarga com Jão do RxdxP no vocal, tocando o disco “Sub” de cabo a rabo.
Também participamos duma exposição/ ocupação, habitação coletiva em Jataí/ Goiás, no Museu de Arte Contemporânea de lá. Foram 3 trampos audiovisuais: o curta O homem cego de si, a vídeo instalação A morte da teoria em 23 textos práticos e a audição do cd ritualístico Mulheres de Marte, curti a resenha do gonzo Guerra sobre o cd.
Bom lembrar: minha insanidade lúcida chegou. Fui ver a papelada pra tirar carta de carro, mas resolvi deixar pra 2010. Ufa!
Novembro-Dezembro
Conclusão da matéria fotojornalismo inspirada livremente nos perpétuos Desespero e Delírio, da obra mais clássica e surreal das histórias em quadrinhos feita no planeta Terra - Sandman, do mestre Neil Gaiman (se bem que há outra obra fantástica, Moonshadow, de J. M. DeMatteis...). Enfim, os cliques foram feitos em máquina analógica, P/B. No improviso e amadorismo total, queimamos lençóis, pulamos em casa abandonada-assombrada e passamos lama até sujar a alma. Valeu Carolzinha e July pela inspiração!
Obs: Esta foi a primeira sessão, pois ainda faltam os demais perpétuos...Sonho, Desejo, Destruição, Destino e Morte. E estou à procura de encarnações de tais!
Natal, engordecimento. Ano novo, agradecimentos, ou vice versa. E vida longa ao boneco!
Salvador/Bahia e beldades negras, capoeira, sujeira, poesia, azia.
Praias paradisíacas, roubos, sombra e muito sol, uma trupe retardada, um O.b. e um hospital. Nem acredito em tudo o que passei até hoje. Insanindade & felicidade.
Fevereiro, março, abril
Recuperando da nostalgia itinerante depressiva corrosiva de anos a fio. Não me lembro de muita coisa, fora o gás novo na banda, agora com 3 indivíduos conectados e empenhados. Participamos duma coleta gringa virtual feita por iniciativa do senhor TBM, veja só. Viva o bonequinho, pô! Ah, em abril voltamos com nova formação na Kaspar Horse (ou Kaspar Hauser), banda guitar-punk-garageira, e finalmente achamos uma guitarrista!
Tragedy, oh tragedy: ao tentar podar uma árvore fui parar na clínica de olhos do hospital pois queimei a retina com um leite viscoso e demasiadamente ardido, o que me fez gritar e espernear por minutos longos até o resgate chamado Giovana me pegar e levar ao médico. Ganhei um tampão nos olhos por 2 dias e não fiquei com seqüela, graças.
Maio
Show fodástico bnqnh x Ordinária Hit no dia do Trabalho. Essa banda de Sampa faz um show imensurável, lembrando Minutemen em viagens noise a la Thurston Moore regurgitando Fugazi. Do karaleo! Valeu Rodrigo, Ba e demais ordinários pela interação barulhenta!
Junho-julho
Primeiro curta-metragem da minha vida e da banda bnqnh, “O homem cego de si” feito em parceria com meu parceiro maluco, aka Ar Carriel. Muita treta pra conseguir concretizá-lo, mas enfim, tudo deu certo, o underground quase sempre está certo. Também saiu um tributo internacional ao John Zewizz, mentor da banda Sleep Chamber e outros projetos desde 1978 e bonequinho participa com a faixa “No one's heart beats harder (live)”, gravada ao vivo e parcialmente em português ("Nenhum coração bate mais forte"). O projeto foi idealizado pelo blog Because god told me to do it / Kill Your Godz. Sexualidade extrema/drogas rituais/magia experimental aplicada. E direitos animais. São 2 CDs com 27 artistas de vários países e podem ser baixados gratuitamente em mp3 ou encomendados em CD pela Foamin’ Sodomy Records (EUA). O retorno dos CDs será destinado a fundos de preservação dos ursos polares, escolha do próprio John Zewizz. Curiosamente é o primeiro "cover" gravado pela bonequinho, somente para o tributo.
DOWNLOAD GRÁTIS here.
Perdi a senha do myspace da Kaspar Horse. E nem atualizei mais nada.
Agosto – mês do cachorro louco?
Humm, não consegui começar o segundo curta, porém a idéia ficou guardada e firme.
Doses de fotojornalismo e de preguiça.
Setembro-Outubro
Maratona de ensaios bonequistas, um show memorável no CCJ(Centro Cultural da Juventude) de São Paulo, encontros saudosos e saudáveis com velhos & novos amigos.
No CCJ tocamos com Rattu Morto, Buzzcops, Rick Agnew- a lenda, Mukeka di Rato, e um show impecável dos caras do Discarga com Jão do RxdxP no vocal, tocando o disco “Sub” de cabo a rabo.
Também participamos duma exposição/ ocupação, habitação coletiva em Jataí/ Goiás, no Museu de Arte Contemporânea de lá. Foram 3 trampos audiovisuais: o curta O homem cego de si, a vídeo instalação A morte da teoria em 23 textos práticos e a audição do cd ritualístico Mulheres de Marte, curti a resenha do gonzo Guerra sobre o cd.
Bom lembrar: minha insanidade lúcida chegou. Fui ver a papelada pra tirar carta de carro, mas resolvi deixar pra 2010. Ufa!
Novembro-Dezembro
Conclusão da matéria fotojornalismo inspirada livremente nos perpétuos Desespero e Delírio, da obra mais clássica e surreal das histórias em quadrinhos feita no planeta Terra - Sandman, do mestre Neil Gaiman (se bem que há outra obra fantástica, Moonshadow, de J. M. DeMatteis...). Enfim, os cliques foram feitos em máquina analógica, P/B. No improviso e amadorismo total, queimamos lençóis, pulamos em casa abandonada-assombrada e passamos lama até sujar a alma. Valeu Carolzinha e July pela inspiração!
Obs: Esta foi a primeira sessão, pois ainda faltam os demais perpétuos...Sonho, Desejo, Destruição, Destino e Morte. E estou à procura de encarnações de tais!
Natal, engordecimento. Ano novo, agradecimentos, ou vice versa. E vida longa ao boneco!
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
NOVO DISCO DO BONEQUINHO+<
Novo álbum do grupo bonequinho já está disponível para download gratuito! Hellven foi gravado ao vivo em 2 sessões em 2009 baseado principalmente nos últimos shows da banda. É o nono disco do bonequinho e divulgamos agora para sua apreciação ou condenação!
Ele estará no bonequinhologia em breve, mas será um prazer extra se você divulgar/publicar o link em qualquer lugar possível ou impossível.
Para a versão física (CD) de foram feitas 99 cópias artesanais que estão à venda
por R$ 10 (correio incluso) para todo o Brasil através deste museudofuturo@gmail.com, ou a R$ 7 em mãos.
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